Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

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Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

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Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

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Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

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Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

Modelos de formação cristã e culturas contemporâneas – VI

Globalização

Um dos elementos mais marcantes e também mais ambivalentes das transformações culturais dos últimos séculos é, sem dúvida, o processo da denominada globalização. Por um lado, os contactos entre as diversas partes do globo, impulsionados a partir da Renascença e tornados banais durante todo o século passado – sobretudo através das tecnologias de comunicação – conseguiram instaurar relações de interdependência entre todos os seres humanos, tornando visível o facto de todos pertencerem à mesma condição fundamental, irmanados numa solidariedade universal. Por outro lado, contudo, essa interacção planetária potenciou o desenvolvimento de poderes despersonalizantes, que anulam as identidades particulares e que desrespeitam a dignidade fundamental de cada ser humano concreto. Assim, a inserção dos nossos contemporâneos no processo de globalização, fazendo com que este permita uma correcta articulação entre o universal e o particular é, sem dúvida, um dos desafios sócio-culturais mais importantes da época que vivemos.
A transmissão da fé nessas circunstâncias deverá, por um lado, saber situar-se na ambivalência dessa situação, tomando consciência da sua orientação mundializante e não apenas particularista; mas, por outro lado, terá que tomar cada vez mais consciência do dever que a vivência pragmática da fé cristã tem de dar um contributo positivo para um melhor equilíbrio neste processo problemático.
Na sua própria tradição, o cristianismo encontra a fonte do correcto equilíbrio entre universalidade e particularidade, dado que radica precisamente nessa relação. A Boa Nova de Jesus Cristo assenta na relação a uma pessoa particular, numa história particular, através de mediações particulares; mas, do mesmo modo, não se trata de uma Boa Nova particularista, só para uma etnia, ou só para um continente, ou só para uma classe social: é uma proposta universal de salvação que não conhece fronteiras de qualquer género.

Assim sendo, a universalidade da fé cristã não se identifica com a totalidade da manipulação de todos os recantos do globo nem com o totalitarismo da uniformidade pura. É, antes, a universalidade do relacionamento entre particularidades reais, únicas e irrepetíveis. Assim também a evangelização será regionalizada no concreto, por isso sempre plural e diversificada, caso a caso; mas, ao mesmo tempo, de dimensão universal, dirigida a todos os seres humanos sem excepção, contribuindo por essa via para fomentar a unificação planetária, para além dos horizontes estreitos dos particularismos culturais, e superando talvez o desencanto pós-moderno perante as promessas irrealizáveis da economia e da cultura mundializada.

A Liturgia na educação da Fé

A Igreja, através da sua ação profética, procura anunciar a Palavra de Deus, não como uma teoria que há que aprender, mas como uma realidade que se experimenta. Dito de outra forma, ao anúncio da Palavra corresponde o devido acompanhamento que quem a recebe, para que possa dar o livre assentimento da fé. O Concílio Ecuménico Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina di-lo deste modo: «A Deus que revela é devida a “obediência da fé”; pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo “a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da vontade” e prestando voluntário assentimento à Sua revelação» (DV 5). 


Este facto coloca à educação da fé algumas questões que importa ter presente:
A primeiratem a ver com a evidência de que a educação acontece pela “obediência”, ou seja, pela escuta da Palavra. Esta não é um mero aglomerado de letras ou sons, mas uma Pessoa, Jesus Cristo. Escutar a Palavra é aceitar estar em intimidade com Jesus Cristo, deixando-se transformar pelo que Ele diz e faz. Mas quais são as palavras e os gestos que nos transformam? Aqueles que são realizados pelas pessoas por quem temos algum afeto, que amamos! A inteligência deixa-se iluminar pelo Amor e a vontade quer fazer aquilo desejamos, porque O amamos.
A segundaquestões a ter presente tem a ver com o modo como se educa o afeto. Não me refiro às simples emoções, mas sim ao afeto como dimensão da pessoa que nos faz querer e desejar algo. O afeto educa-se pela familiaridade: aprendemos a amar com o contacto assíduo e gozoso! Então, como havemos de educar o afeto para que se aprenda a amar Cristo? Pelo convívio assíduo com Ele, ali onde Ele está real e sacramentalmente presente, na Liturgia, sobretudo eucarística, pois «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu estou no meio deles» (Mt 18, 20). A Liturgia desempenha, então, um papel central na educação da fé, pois é ela que permite que alguém se deixe enamorar por Cristo, ver a Sua beleza e querer aderir a ele.
Chegamos então ao terceiro aspeto, o da liberdade. Esta nunca pode ser violentada nem ignorada, até porque a fé é a adesão com que cada pessoa se entrega a Deus… As palavras e ensinamentos serão “preceitos” distantes e frios, se não forem as palavras de Alguém que se dá a conhecer por amor. E o que é frio e distante não promove a adesão, antes afastamento e até desafeição. Os valores evangélicos que se procuram ajudar a descobrir na educação da fé também não serão acolhidos se antes não houver um adesão afetiva com Cristo e o desejo de querer segui-Lo. Logo, a liberdade para aderir a Cristo promove-se e educa-se na ação litúrgica.


Concluindo, se a catequese deve educar para a participação litúrgica, deve também deixar-se educar pela liturgia. Aqui, a primazia é de Deus, não dos homens, os frutos surgem, não do mero empenho humano, mas da iniciativa divina que atua em cada pessoa. Porque «para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte a Deus o coração, abre os olhos do entendimento, e dá “a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade”. Para que a compreensão da revelação seja sempre mais profunda, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa sem cessar a fé mediante os seus dons» (DV 5).

A Catequese na missão da Igreja

Num contexto cultural cada vez mais exigente para a proposta de fé, a catequese assume, gradualmente, uma função missionária. Com efeito, tendo a catequese a missão de anunciar a Palavra de Deus, a fim de despertar a fé nos catequizandos, verifica-se, no entanto, que estes se encontram cada vez menos predispostos para responder ao anúncio do Evangelho.
Assim, a transmissão da Mensagem de Deus, que outrora passava quase espontaneamente de pais para filhos, perdeu no ambiente social e cultural o seu suporte. A catequese assume, cada vez mais, a função de despertar a fé, converter os batizados que não conhecem ou não vivem o cristianismo, levar o evangelho aos afastados. Daí que, já na Exortação Apostólica Christifideles laici, João Paulo II chame a atenção para a necessidade de uma nova evangelização: «Chegou a hora de empreender uma nova evangelização. […] Esta nova evangelização […] destina-se a formar comunidades eclesiais amadurecidas, isto é, comunidades em que a fé se liberte e realize todo o seu significado original de adesão à pessoa de Cristo e ao seu Evangelho […] A Igreja deve, hoje, dar um grande passo em frente na sua evangelização, deve entrar numa nova etapa histórica do seu dinamismo missionário» (ChL 34-35). De facto, a evangelização, cuja finalidade é a de anunciar o Evangelho e dar testemunho dele em todos os momentos, é a missão e a razão de ser da Igreja: «Evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade» (EN 14). Ela existe para tornar presente a experiência de Jesus Cristo e a sua mensagem de salvação, de modo que todo o homem possa descobrir em Jesus o caminho para a verdade.
Podemos, assim, entender a catequese como um momento fundamental do processo evangelizador, uma vez que é graças a ela que o primeiro anúncio da Boa Nova é pouco a pouco aprofundado, desenvolvido, explicado e orientado para a prática cristã. Para tal, é indispensável que a catequese se centre na pessoa de Jesus Cristo e no Seu mistério de Salvação, apresentando-o como Boa Nova, fonte de esperança e de sentido para a vida humana. «Muitos baptizados vivem como se Cristo não existisse … o desafio […] consiste […] em levar os baptizados a converterem-se a Cristo e ao seu evangelho» (EE 47) Deste modo, a catequese deve convidar o batizado a uma atitude de conversão ao Senhor e ao compromisso com o testemunho do Evangelho no mundo, num processo de solidificação e amadurecimento da fé. A catequese é, então, o momento “fundamental” e “prioritário” de evangelização pois lança as bases que podem dar solidez à vida cristã futura (cf. CGD 63-64) dos batizados, conduzindo-os a uma participação ativa na comunidade cristã. Com efeito, toda a atividade catequética tem em vista a inserção do catequizando na vida da Comunidade. O importante, para um cristão, não é saber mais do Evangelho, mas sim dar um testemunho fiel e firme do Evangelho em todos os momentos da sua vida. 

A alegria de ser catequista

Chamado a ser um educador da fé, o catequista deve ser, antes de mais, uma pessoa de verdadeira fé, virtude pela qual acreditamos em Deus e em tudo o que Ele disse e revelou. Sendo a sua missão a de anunciar e transmitir a Mensagem de Deus, a fé do catequista alimenta-se quotidianamente com a meditação do Evangelho, bem como com a prática da caridade. O catequista é alguém consciente de que «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (Hb 11, 1-2) e, por isso, fundamenta-se na Palavra de Deus, que é uma Pessoa. O catequista possui, então, certezas simples e sólidas que o hão de ajudar na prática do seu ministério apostólico. Com efeito, enquanto evangelizador e apóstolo de Jesus Cristo, o catequista deve apresentar-se aos outros como a «imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes de se encontrarem para além de tensões que se verifiquem, graças à procura comum, sincera e desinteressada da verdade» (EN 77). Só sendo detentor de uma verdadeira fé, o catequista poderá realizar a sua missão de transmiti-la, com tranquilidade.


Não obstante, o catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida. Na verdade, o anúncio da Mensagem de Deus é feito, antes de mais, pelo testemunho daquele que vive a fé: A Igreja tem bem presente que «o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo […] é o primeiro meio de evangelização. “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres […] ou então se escuta os mestres é porque eles são testemunhas”» (EN 41). No exercício do seu ministério apostólico, o catequista dá testemunho, por meio das palavras e ações, da sua própria experiência cristã.
Num ambiente onde as pessoas tendem a afastar-se de Deus, é cada vez mais necessário catequistas com convicções profundas que, em diálogo com o mundo, anunciem com alegria a graça que receberam ao se sentirem associados à missão de Jesus Cristo: a de dar a conhecer a Boa Nova, testemunhando-a no seu dia a dia. Os catequistas anunciam uma mensagem que, pelo seu significado, dá origem a um novo estilo de vida. Quanto mais o catequista se mostre alegre no anúncio da Palavra, tanto mais credível será a mensagem para os que a escutam.


Com efeito, é precisamente a alegria do catequista, no anúncio da Palavra e do Evangelho, a demonstração mais evidente de que a Boa Nova, que anuncia, encheu o seu coração. O catequista tem consciência que Deus está com ele; e é, pois, esta comunhão que se estabelece entre os dois que leva cada catequista a sentir necessidade, como profeta, de anunciar a Verdade que o anima. Esta consciência de participar do amor de Deus leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa Nova com alegria, dando-lhe força e determinação para continuar a sua missão, apesar das dificuldades que, muitas vezes, surgem no seu caminho.