A Igreja é Comunhão I

A inovação do Vaticano II de maior transcendência para a eclesiologia e para a vida da Igreja foi o ter centrado a teologia do mistério da Igreja sobre a noção de comunhão (A. Antón).

No mais íntimo do homem, a comunhão aparece como algo de desejável; é um valor digno de ser querido. Mas é uma realidade que todos “nascemos sós, vivemos sós e morremos sós. E que, até nas horas menos infelizes, no mais fundo do nosso inconsciente, lateja, cruciante, a dor incurável dessa condenação”( Miguel Torga). A solidão transforma-se numa fobia, em algo que impede o normal exercício da vida.

Contudo, “sabemos também que a Bíblia, o livro dos livros, nos ensina que não há homem sem homem, e que o próprio Cristo teve, a caminho do Calvário, a fortuna dum Cireneu para o aliviar do peso da cruz. O que, trocado por miúdos, significa que a solidão radical de cada existência — que, nos poetas, a cegueira de Homero ilustra premonitora e paradigmaticamente —, é mitigada por uma força que, se não vence o destino, inconformadamente desde sempre o desafia […]. A graça desta comunhão humana, sem a qual a passagem pelo mundo não teria sentido. Para mim, pelo menos, feito dum barro tão frágil e vulnerável, que necessito de ser amado durante a vida e de acalentar a esperança de continuar a sê-lo depois da morte” (Idem).

Miguel Torga sintetiza deste modo peculiar o desejo e aspiração humanos à comunhão, aquela ânsia de ser membro.
Mas o sentimento de comunhão está em crise, quer socialmente, num sentido mais amplo, quer eclesialmente, num sentido mais restrito. Pois a crise de pertença eclesial e a recomposição caleidoscópica do religioso que ela arrasta inscrevem-se na evolução geral das nossas sociedades industrializadas e urbanas, caracterizadas pela mobilidade, particularmente pelas mudanças determinadas pelas orientações sócio-económicas, assim como pela atenuação do controle social e a valorização da capacidade de escolha pessoal.
Nos nossos dias há muitos indícios que revelam o mal-estar que entrou nos sectores dirigentes, nas comunidades religiosas e no clero. Há países em que algumas comunidades religiosas e mesmo o clero fazem o inventário dos seus efectivos e tomam consciência de constituir os “últimos exemplares de uma espécie em perigo de extinção”(Martin Velasco). Perspectivando o futuro, agrava-se o mal-estar de muitos cristãos que se interrogam sobre se o cristianismo, “semelhante a essas gloriosas ruínas de onde se tiram materiais para outras construções, se vai convertendo em algo que proporciona às nossas sociedades um vocabulário, um tesouro de símbolos, de sinais e de práticas que se empregam noutras partes, da forma que convém a cada um e cada grupo”(Ibidem).

Desenvolvimento Científico
O desenvolvimento científico – a meu ver, quando mal usado – é também ele um grande motor deste desajuste social, gerador de mal-estar. E se até há uns anos atrás bastava conciliar a fé com a ciência para trazer a paz às consciências, hoje já não é assim; “interessa confrontar o Deus vivo, experimentado por qualquer comunidade cristã autêntica, com uma ciência que também é vida das sociedades, e tende a constituir-se em mito”(Luís Archer). A sociedade dos nossos dias está a investir muita da sua esperança nas elaboração das novas tecnologias e a Igreja tem também algo a dizer, acima de tudo tem que se dizer a ela mesma neste contexto e transmitir a sua Mensagem, e isto nem sempre se realiza, pelo menos de uma forma frutífera. A prová-lo está “o facto de que o número dos que não comungam com ela [Igreja] seja hoje maior do que os que comungam, é a miséria da Igreja, a ferida profunda do corpo do Senhor que a deve sentir como sua própria ferida”(Josef Ratzinger).
É um dado assente que, pela primeira vez na história, “os discursos pelos quais uma civilização se pensa não são religiosos. Mas a experiência que se designa também ela como ‘religiosa’ não persiste mais, pulveriza-se somente. Multiplica-se e dispersa-se. Afasta-se das grandes instituições unificadas que eram até aqui as religiões. Ela afasta-se cada vez mais das ‘pertenças’ eclesiais. Se ela ainda se diz, é através de múltiplos discursos em formação, porque nenhuma instituição está em situação ‘sacerdotal’ de dizer a todos uma verdade total”(Michael de Certeu). A reflexão sobre a pertença eclesial, o realizar a comunhão, levanta questões que são tratadas na identidade eclesial. Nas nossas sociedades seculares, a religião católica deixou de ser um fundamento social e a Igreja perdeu a sua influência sobre as pessoas.

A Igreja é Comunhão!

Hoje, a vivência da comunhão pode assumir novos contornos; as possibilidades oferecidas pela técnica podem ajudar a uma maior clarificação do conceito de “comunhão” e a descobrir novas formas de a praticar. É um dado assente que esta revolução é universal, tal como a Igreja pretende ser – católica –, assim à Igreja cabe compreender este processo, assimilá-lo, na medida do possível, para poder situar-se na nova sociedade e realizar aí a sua missão, numa sociedade que pode caminhar para o bem e para o mal.

É com este pressuposto que eu, como crente, me proponho publicitar aqui uma série de reflexões que em tempos fiz e que têm ficado guardadas – não na gaveta –, mas no disco duro.

OER na Catequese

Este trabalho é realizado no âmbito da UC Materiais e Recursos para E-Learning.
Procurei ver uma actividade que se enquadra dentro do meu âmbito de actividade e, depois, cumprir os objectivos propostos pelo Professor.
Escolhi uma actividade para adolescentes, para lhes apresentar a relação entre a Bíblia e a doutrina cristã, recorrendo às fontes principais: Bíblia e Catecismo da Igreja Católica.

Nesta actividade, irei ter como objectivo principal que os adolescentes vejam que as informações doutrinais que circulam na Comunidade têm a sua fonte na Sagrada Escritura (Bíblia).
Procurarei também, são os objectivos secundários, que os adolescentes saibam manusear a Bíblia, que conheçam alguns sítios de referência sobre doutrina cristã onde possam prosseguir as suas buscas e encontrar respostas às questões doutrinais de forma crítica, bem como saber o que é a Bíblia e o Catecismo da Igreja Católica. Tudo isto ir-lhes-á dar azo a que comentem com as suas famílias e elas tenham também algum comentário a fazer, promovendo a catequese inter-geracional, por isso opto por fontes que os pais podem ter em papel, e muito deles têm.

O primeiro OER que escolhi foi uma apresentação em Power Point, que pode ser encontrada aqui: https://www.diocese-braga.pt/catequese/NoticiaArtigo.php?cod_seccao=3&codigo=429

Vai ser utilizada como fio condutor do encontro, projectada, onde o grupo, dividido em grupos de três (com um pc disponível para cada grupo), vai descobrindo as respostas nos outros recursos disponíveis.

Critérios para a escolha:
1º – É um formato que motiva bem os adolescentes, pois lembra um concurso de televisão
2º – É um jogo que com a sua participação torna a aprendizagem divertida
3º – A aplicação está disponível para ser corrigida e melhorada.
4º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
5º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.

Adaptações:
Para utilizar esta aplicação, eu mudaria as regras, dando a indicação onde poderiam buscar ajuda, e essa seria obrigatória, para possibilitar pesquisa. A componente que serviria para avaliar o melhor desempenho seria o tempo que cada equipa demora a encontrar as respostas certas.
Em cada pergunta, acrescentaria as citações da Bíblia e do Catecismo onde está a resposta.

O segundo recurso será a Bíblia Sagrada

https://www.bibliasagrada.web.pt/

Critérios para a escolha:
1º – É uma tradução de uma Igreja não católica, o que possibilita ver a dimensão ecuménica da Bíblia
2º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
3º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.
4º – Tem uma arrumação muito didáctica, para se perceber a organização dos textos bíblicos
5º – Pode ser editado num simples processador de texto (através de copy/past), o que permite posteriores trabalhos sobre o texto.

Adaptações:
Neste OER eu, após fazer o download, adaptaria o ficheiro index.htm, para o personalizar de acordo com o grupo em que ia ser utilizado.
Introduziria também um texto explicativo de como se manuseia a Sagrada Escritura (divisão e organização).

Por último, o Catecismo da Igreja Católica

Critérios para a escolha:
1º – É um recurso divulgado por um sítio muito fidedigno.
2º – Pode ser divulgada aos participantes, gravando-a ou enviando por e-mail.
3º – Funciona em modo off-line, o que amplia a possibilidade da sua utilização.
4º – Tem inscrito os parágrafos relacionados, o que permite a ampliação da compreensão do texto
5º – Pode ser editado num simples processador de texto (através de copy/past), o que permite posteriores trabalhos sobre o texto.

Adaptações:
Depois de fazer o download, acrescentaria um índice analítico e temático, para tornar mais manuseável a informação (disponível em https://catecismo-az.tripod.com/)

Após o encontro enviaria por mail para os participantes os seguintes link’s para que eles pudessem ampliar a informação e rever aquilo que eu lhes tinha dito na formação:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catecismo_da_Igreja_Cat%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia
https://www.catequista.net/catecismo/
https://www.capuchinhos.org/biblia/index.php?title=P%C3%A1gina_principal

Recursos Educacionais Abertos

Neste post, e com hiperligações que ele permite, podemos aprender provavelmente (porque ninguém pode dizer tudo) tudo sobre as OER’s.
Começo por realçar a partilha de um e-book sobre as tecnologias aplicadas ao ensino(TIC). Na sua versão ‘wiki’ o leitor pode usufruir de um OER, que após obter e efectuar o login poderá manusear, sempre dentro das permissões dadas.
De facto, um dos factores que mais potenciaram a difusão dos recursos educativos abertos foi a rápida evolução das tecnologias da informação, onde o computador tem um papel de catalisador e aglutinador.
A educação enfrenta hoje dois grandes desafios: ampliar o alcance da educação e da melhoria da sua qualidade. As soluções a que nos habituamos no passado nõ serão suficientes, nomeadamente no contexto actual da sociedade do conhecimento. A partilha dos OER’s oferece uma solução para estender o alcance da educação e expandir as oportunidades de aprendizagem.
A UNESCO tem contribuído para uma consciencialização global sobre OER’s.
Basicamente, as questões que se colocam hoje à reflexão são:
– Como as TIC’s podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direcção à meta da ‘educação para todos e ao longo da vida’?
– Como as TIC’s podem propiciar um melhor equilíbrio entre ampla cobertura e a qualidade na educação?
– Como as TIC’s podem contribuir para conciliar a universalidade e especificidade local do conhecimento?
– Como pode a educação preparar os indivíduos e a sociedade para que eles dominem as tecnologias que permeiam crescentemente todos os sectores da vida e possam tirar proveito delas?
Depois de elencar estas questões, convém não esquecer que as TIC’s são apenas uma parte de um contínuo de tecnologias. Depois, as TIC’s, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais. Por fim, várias questões éticas e legais, como as vinculadas à propriedade do conhecimento, ao crescente tratamento da educação como um produto comerciável, à globalização da educação face à diversidade cultural, interferem no amplo uso das TIC’s na educação. Daqui se conclui que as OER’s para serem bem aproveitadas têm de estar enquadradas dentro de um âmbito educativo amplo e bem estruturado.
Mas voltemos ao post. Está um post de leitura simples, o que facilita a acessibilidade, com informação actual e que tem bom-humor. Veja-se o modo como critica a UNESCO por não disponibilizar o Open Educational Resources: Conversations in Cyberspace!
Permite o acesso à partilha de muitas ferramentas através de 80 Open Education Resource (OER) Tools for Publishing and Development Initiatives (2007). Se o acesso à educação deve ser aberto, gratuito e com uma boa fundamentação, aqui temos um bom exemplo disso. Porque tem acesso a publicações, tem OER’s que podem ser usadas off-line, como seja o caso de artigos e livros de uso aberto. Possibilita também o acesso ao OER Commons, uma referência incontornável!
Daqui posso concluir que a partilha e a busca de e sobre OER’s está bem conseguida. A preocupação pela acessibilidade também está presente.

Valorizei este post porque considero ser um exemplo daquilo que na nova sociedade emergente, a sociedade em rede (Castells), pode e deve ser valorizado: a partilha. Esta postula que os recursos educativos para o ensino e aprendizagem, estejam disponíveis gratuitamente na Internet, com a respectiva salvaguarda da licença e direitos de autor, que possibilite o uso e adaptação livres.
Os OER’s surgiram inspirado no sucesso do movimento de software livre e da iniciativa OpenCourseWare do Massachusetts Institute of Technology. Estão cada vez mais presentes no Âmbito do ensino e da aprendizagem. O objectivo é disponibilizar cursos e conteúdos de forma livre e aberta. Os OER’s são recursos voltados para o ensino, aprendizagem e pesquisa, disponibilizados de forma livre e aberta para a sociedade em geral, nomeadamente a académica. Entre estes recursos incluem-se os conteúdos digitais de aprendizagem, ferramentas de apoio o desenvolvimento e uso destes conteúdos, bem como os demais recursos necessários para a disponibilização destes conteúdos e cursos de uma forma livre a aberta.
Neste post, a propósito de um evento – workshop sobre Recursos Educacionais Abertos, ocorrido na USP – o autor dá a informação do que lá se passou, mas também possibilita, através dos links, que o leitor possa conhecer e aprender o mínimo sobre os OER’s: quer no tocante ao conceito – aponta para uma página muito rica da UNESCO, cheia de informações e recursos –; quer no que diz respeito à sua abrangência nas políticas de ensino internacionais, apontando para a Declaração do Cabo, sobre a aprendizagem aberta. Aí se diz expressamente: “Estas estratégias representam bem mais que o que há que fazer. Constituem um sábio investimento no ensino e a aprendizagem para o século XXI. Farão possível o redirigir fundos dos caros livros de texto para uma melhor aprendizagem. Ajudarão aos professores a destacar em seus trabalhos e outorgarão mais oportunidades para uma maior visibilidade e impacto global. Acelerarão a inovação no ensino. Dar-lhes-á aos estudantes um maior controle sobre sua aprendizagem. Estas estratégias para qualquer são sensatas”.

Em síntese, através deste post o leitor poderá ter acesso a uma grande abrangência de informações recursos OER’s. Pode ficar a saber o que são!

Por último, este trata-se de um post onde a autora tem uma abordagem crítica sobre os OER’s, aplicando-lhe a análise SWOT, muito usada na gestão, e que eu já tive a oportunidade de comprovar da sua eficácia. Da leitura deste post, e do blog em geral, fiquei com a ideia de que a Autora olha para as OER’s com um certo pé-atrás. Esta relutância tem a ver acima de tudo com as adaptações que se fazem das ferramentas, bem como da qualidade que estas têm, ou nem por isso. Coloca também a questão do futuro da educação, onde as OER’s têm um papel preponderante e por isso não podem ser negligenciadas.
Os pontos fracos que apresenta este post, nomeadamete a qualidade, pode ser e é facilmente ultrapassável quando vemos a proveniências dos OER’s, se estão alojados e provêm de instituições credíveis.Mas valorizei, este post, também por apresentar uma opinião partilhada por outras pessoas com quem discuto estes temas. Embora de modo informal, não deixa de gerar grandes debates! E nestas coisas convém ter presente também a vox populi, para estarmos conectados com as diversas percepções da realidade.

Cape Town Open Education Declaration: Unlocking the promise of open educational resources

We are on the cusp of a global revolution in teaching and learning. Educators worldwide are developing a vast pool of educational resources on the Internet, open and free for all to use. These educators are creating a world where each and every person on earth can access and contribute to the sum of all human knowledge. They are also planting the seeds of a new pedagogy where educators and learners create, shape and evolve knowledge together, deepening their skills and understanding as they go.

This emerging open education movement combines the established tradition of sharing good ideas with fellow educators and the collaborative, interactive culture of the Internet. It is built on the belief that everyone should have the freedom to use, customize, improve and redistribute educational resources without constraint. Educators, learners and others who share this belief are gathering together as part of a worldwide effort to make education both more accessible and more effective.

The expanding global collection of open educational resources has created fertile ground for this effort. These resources include openly licensed course materials, lesson plans, textbooks, games, software and other materials that support teaching and learning. They contribute to making education more accessible, especially where money for learning materials is scarce. They also nourish the kind of participatory culture of learning, creating, sharing and cooperation that rapidly changing knowledge societies need.

However, open education is not limited to just open educational resources. It also draws upon open technologies that facilitate collaborative, flexible learning and the open sharing of teaching practices that empower educators to benefit from the best ideas of their colleagues. It may also grow to include new approaches to assessment, accreditation and collaborative learning. Understanding and embracing innovations like these is critical to the long term vision of this movement.

There are many barriers to realizing this vision. Most educators remain unaware of the growing pool of open educational resources. Many governments and educational institutions are either unaware or unconvinced of the benefits of open education. Differences among licensing schemes for open resources create confusion and incompatibility. And, of course, the majority of the world does not yet have access to the computers and networks that are integral to most current open education efforts.

These barriers can be overcome, but only by working together. We invite learners, educators, trainers, authors, schools, colleges, universities, publishers, unions, professional societies, policymakers, governments, foundations and others who share our vision to commit to the pursuit and promotion of open education and, in particular, to these three strategies to increase the reach and impact of open educational resources:

1. Educators and learners: First, we encourage educators and learners to actively participate in the emerging open education movement. Participating includes: creating, using, adapting and improving open educational resources; embracing educational practices built around collaboration, discovery and the creation of knowledge; and inviting peers and colleagues to get involved. Creating and using open resources should be considered integral to education and should be supported and rewarded accordingly.

2. Open educational resources: Second, we call on educators, authors, publishers and institutions to release their resources openly. These open educational resources should be freely shared through open
licences which facilitate use, revision, translation, improvement and sharing by anyone. Resources should be published in formats that facilitate both use and editing, and that accommodate a diversity of technical platforms. Whenever possible, they should also be available in formats that are accessible to people with disabilities and people who do not yet have access to the Internet.

3. Open education policy: Third, governments, school boards, colleges and universities should make open education a high priority. Ideally, taxpayer-funded educational resources should be open educational resources. Accreditation and adoption processes should give preference to open educational resources. Educational resource repositories should actively include and highlight open educational resources within their collections.

These strategies represent more than just the right thing to do. They constitute a wise investment in teaching and learning for the 21st century. They will make it possible to redirect funds from expensive textbooks towards better learning. They will help teachers excel in their work and provide new opportunities for visibility and global impact. They will accelerate innovation in teaching. They will give more control over learning to the learners themselves. These are strategies that make sense for everyone.

Thousands of educators, learners, authors, administrators and policymakers are already involved in open education initiatives. We now have the opportunity to grow this movement to include millions of educators and institutions from all corners of the earth, richer and poorer. We have the chance to reach out to policymakers, working together to seize the opportunities ahead. We have the opportunity to engage entrepreneurs and publishers who are developing innovative open business models. We have a chance to nurture a new generation of learners who engage with open educational materials, are empowered by their learning and share their new knowledge and insights with others. Most importantly, we have an opportunity to dramatically improve the lives of hundreds of millions of people around the world through freely available, high-quality, locally relevant educational and learning opportunities.

We, the undersigned, invite all individuals and institutions to join us in signing the Cape Town Open Education Declaration, and, in doing so, to commit to pursuing the three strategies listed above. We also encourage those who sign to pursue additional strategies in open educational technology, open sharing of teaching practices and other approaches that promote the broader cause of open education. With each person or institution who makes this commitment — and with each effort to further articulate our vision — we move closer to a world of open, flexible and effective education for all.

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There are currently 2013 signatories to the Declaration, including:

Gabriel Abad, United World College of South East Asia (Singapore)
Garton Andrew, (Australia)
Adam Bancarewicz, (Poland)
Jennifer Demmer, Lightbrary Development Solutions (South Africa)
Martin Dougiamas, Moodle (Australia)
Sandra Evans, Open Campus Distance Education (Jamaica)
Omar Garcia-palencia, Universidad de Medellin (Colombia)
Dafydd Hughes, Sheridan College (Canada)
Brewster Kahle, Internet Archive (United States)
Maximillian Kaizen, Huddlemind Labs (South Africa)
Krishna Kant, Miet (India)
Małgorzata Kowal, (Poland)
Lawrence Lessig, Creative Commons (United States)
Matete Madiba, Tshwane University of Technology (South Africa)
Moises Orengo, U of Puerto Rico at Mayaguez (Puerto Rico)
Andrzej Perliński, (Poland)
Julia raapke, BVBO (Germany)
Suram Raja Rao, Indira Gandhi National Open University (India)
Pierfranco Ravotto, CIDI Milano (Italy)
Dariusz Rott, University of Silesia (Poland)
Max Shang, (China)
Muhammad Raza Siddiqui, Balochistan Agriculture College (Pakistan)
Luisa Vigo-Cepeda, University of Puerto Rico (Puerto Rico)
Leendert Vijselaar, (Kenya)
Jimmy Wales, Wikimedia Foundation/Wikia (United States)