Para acabar com os pobres

Já viste, Amigo!, se eu, o que tenho, te desse.
E tu, o que te dou, acolhesses.
E do que seria teu a outro oferecesses.
E esse outro o que eu e tu fizemos fizesse…
Assim, Amigo!, não iria sozinho.
Iriamos eu, tu e o teu vizinho,
E tantos mais que desejassem caminhar.
Só porque, a determinado momento, te decidi ajudar.
Não por acaso, Amigo!, mas porque necessitavas.
Porque eu também fui pobre e alguém me ajudou.
E se eu te ajudava e tu não caminhavas,
Quantos pobres ficariam por caminhar.
E eu continuaria rico ou como sou
E os pobres ficariam pobres e por ajudar.
                               Gualter Cruz
                                   12.5.96

Metáfora

O homem é, por si, um ser sociável. Precisa dos semelhantes para se realizar. Para entrar em contacto com eles usa a linguagem, a fim de comunicar as suas experiências. Mas o universo das experiências leva-nos à beira do mistério último não susceptível da experiência direta, apenas indireta em, com e sob a nossa experiência quotidiana. Mas quando tentamos descrever este mistério falta-nos a linguagem. A experiência tem uma última dimensão inefável.
O homem, espontaneamente, relaciona as coisas entre si por imagens, comparações e símbolos. Com estes pretende exprimir as suas experiências e a sua situação no mundo.
A importância da analogia, ou pensamento analógico, vem do facto de se chegar a alguma coisa geral, por indução, a partir de coisas particulares e semelhantes. Na analogia estão presentes a unidade e a pluralidade, a identidade e a diferença. Como se vê possui uma estrutura dialéctica.
A analogia fundamental, em que todas se apoiam, é a analogia entis. A inteligência humana está aberta ao infinito. Na afirmação do particular inquieta-se, pois reconhece nele o infinito. É pela existência do finito que reconhece a existência do infinito, mas nota-se que são de maneira diferente e, ao mesmo tempo, não tão diferentes. Se assim não fosse não poderiam estar presentes no mesmo conhecimento: o conhecimento humano.

«Metamorfizar corretamente é ver – contemplar, ter olhar para – o semelhante. A epífora é este olhar e este lance de génio: o não ensinável, o não adquirível» (Paul Ricoeur).

«A metáfora é por excelência um tropo por semelhança». É esta que revela «a estrutura lógica do ‘semelhante’, porque, no enunciado metafórico, o semelhante é apercebido  apesar da diferença, apesar da contradição». É esta a estrutura lógica que dá vida à metáfora, que lança «o impulso da imaginação num ‘pensar mais’ ao nível do conceito», pois «as significações não são fórmulas estáveis mas dotadas de uma capacidade e de um dinamismo, que lhes permitem servir outros referentes e cooperar na inovação semântica».

A metáfora é considerada como uma forma de analogia. E o conhecimento por analogia é um conhecimento do semelhante pelo semelhante que detecta, utiliza, produz similitudes de maneira a identificar os objetos ou fenómenos que percebe ou concebe.
Para se verificar um pensamento o mais exato possível deve haver uma ideia dominante, alguma coisa que corresponda à característica principal do objecto e que dê unidade ao que é vário e disperso.
Em suma, nos conceitos análogos, apesar de existir diferenças, há também um enlace que possibilita o emprego das palavras com sentido e significado. A linguagem analógica ocupa o lugar intermédio entre o equívoco e o unívoco e expressa uma semelhança que inclui a igualdade na diferença. É uma semelhança de relações. 

Mundo e mundos

«Todos nós criamos o mundo à nossa medida. O mundo longo dos longevos e curto dos que partem prematuramente. O mundo simples dos simples e o complexo dos complicados. Criamo-lo na consciência, dando a cada acidente, facto ou comportamento a significação intelectual ou afectiva que a nossa mente ou a nossa sensibilidade consentem. E o certo é que há tantos mundos como criaturas. Luminosos uns, brumosos outros, e todos singulares». 
                   Miguel Torga

No Catecismo da Igreja Católica a fé é vista como assentimento da inteligência e ao mesmo uma adesão pessoal total, bem como um ato eclesial e pessoal: «Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador» (CCE 143); «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade por Ele revelada, a fé cristã difere da fé numa pessoa humana. É justo e bom confiar totalmente em Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso ter semelhante fé numa criatura» (CCE150); e continua dizendo que a fé é graça de Deus (CCE 153), ato humano (CCE154), livre (CCE 160), recepção da salvação e da vida eternal (CCE 161- 164).

Expressão Artística

Abrindo-se à iniciativa de Deus, sabemos que a fé é um dom; um acto de adesão e entrega de todo o crente ao Senhor Jesus. No entanto, para que este dom de Deus seja despertado e estimulado, é necessário que haja uma abertura humana à entrega livre e total a Deus.
Aqui reside a importância de toda a caminhada catequética. Na verdade, a catequese, como serviço à Palavra de Deus, é o meio privilegiado para despertar no catequizando uma resposta de fé viva, explícita e actuante, levando-o, não só a um contacto, mas a uma comunhão e intimidade com Jesus Cristo (CT 5). Nesse sentido, entende-se que a catequese não possa ser vista como um simples ensino. Sendo a fé um dom, esta não pode ser simplemente ensinada, transmitida, mas sim suscitada, em ordem a uma resposta de fé, como consentimento e compromisso.

Para que tal aconteça, é imprescindível que o catequista, enquanto educador que acompanha o amadurecimento da fé no catequizando, esteja consciente da relevância da sua missão de porta-voz da fé da Igreja, num mundo em constante mudança, marcado pela indiferença religiosa, bem como pelo crescente desinteresse dos catequizandos pela educação da fé. Assim, de forma a comunicar a mensagem de Deus, de que é, ele próprio, testemunha, o catequista deve promover uma pedagogia personalizada, dinâmica e activa, através do uso de metodologias diversificadas, de modo a que o catequizando tenha, ao longo do seu processo de crescimento na fé, um papel interveniente, activo e crítico, motivando-os através de situações de ensino/aprendizagem diferenciadas e motivadoras.
Em boa verdade, sem centrar a transmissão do conhecimento numa única metodologia, assente, muitas vezes, em discursos ou exposições teóricas, o catequista poderá, recorrer, a um conjunto diversificado de técnicas e métodos de ensino, os quais poderão contribuir para que a criança se consciencialize, paulatinamente, da presença de Deus e da fé na sua caminhada de vida.
Para que as mensagens evangélicas se apresentem como algo novo e original para os nossos jovens, é importante que o catequista promova novas formas de comunicação da fé, que promovam no catequizando um responder criativo, assim como uma adesão pessoal e livre à Palavra divina.
Mais do que o recurso ao livro, a Igreja necessita, hoje, de novas formas de exprimir a fé. Assim sendo, acreditamos que a presença da educação artística (a educação pela música, pelo desenho, pela pintura, pela poesia, pelo jogo, pela expressão corporal, pela expressão dramática, pela escultura, etc.) nas sessões de catequese poderá ser um instrumento usado pelo catequista para cultivar, no catequizando, essa possibilidade de abertura à fé, despertando-o para um itinerário de fé cada vez mais comprometido e consciente. Não nos esqueçamos que os nossos jovens são, hoje, particularmente sensíveis a uma linguagem que fala, não apenas à razão, mas, sobretudo, à sensibilidade, à emoção, à afectividade, à imaginação, ou seja, à pessoa no seu todo.
O catequista poderá, assim, partir da visualização de uma escultura, de um poema, de uma tela, para despertar no catequizando todo um conjunto de sensações e de emoções que o irão ajudar a reflectir e a aprofundar a sua fé. Mais do que comunicar a Palavra, estas dinâmicas devem ser vistas como um estímulo, de forma a facilitar o processo dinâmico da Palavra de Deus.
Deste modo, urge compreender que, mais do que intelectual, a catequese tem de ser cada vez mais dinâmica, lúdica e festiva, que responda às expectativas dos nossos jovens. Ao dedicar tempo da sua catequese a estas actividades, o catequista está a ajudar os catequizandos a ler a sua vida à luz do Evangelho.  
Desta forma, acreditamos que a arte, como linguagem expressiva, fomenta novas formas de expressão e de comunicação mais motivadoras, livres e participadas entre o catequista e o catequizando, favorecendo a criatividade, a partilha de saberes, a participação e o encontro com o outro e contribuindo, pois, para enriquecer a expressão de fé de um grupo, que procura afirmar-se na sua experiência cristã.     

É importante perceber que o catequizando, se não se sentir envolvido e motivado nas actividades que desenvolve, não interioriza o que está a ser transmitido. Assim sendo, mais do que ensinar, a missão do catequista é comprometer o catequizando nas actividades, animá-lo, motivá-lo e comprometê-lo no seu processo de aprendizagem. 

Redes Sociais e Evangelização



O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. (Mensagem do Papa Bento XVI para o 47º dia Mundial das comunicações sociais)

Uma Igreja que acolhe a todos – VI

A pessoa com deficiência tem direito a experimentar na sua vida o olhar sanador de Jesus Cristo, que é sempre nova, plenificadora e cheia de esperança. Esta valorização radical com que Jesus dignificava vai muito para além da simples capacidade, da utilidade, das possibilidades sociais que uma pessoa pode ter ou dos coeficientes intelectuais que possua. A força libertadora de Cristo manifesta-se sobretudo na Sua Páscoa. Escutemos o número 616 do Catecismo da Igreja Católica:

É o «amor até ao fim»  que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. Ele conheceu-nos e amou-nos a todos no oferecimento da sua vida. «O amor de Cristo nos pressiona, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram» (2 Cor 5, 14). Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do Filho, que ultrapassa e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e O constitui cabeça de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por todos. (CCE 616)

A debilidade humana adquire, em Cristo, um novo rosto. Ele cura-nos da ideia, infelizmente tão difundida, de que o sofrimento, a dor e demais limitações do ser humano, são um castigo. Em Cristo, sabemos que os nosso sofrimentos têm um sentido. Mais, fugir do sofrimento ou negá-lo nunca será fonte de alegria. É, e nunca deixará de ser uma ilusão. Com tudo o que isso acarreta.
Assumindo a verdade da nossa condição de seres humanos, criados e amados por Deus, estamos em melhores condições para perceber que o sentido é um dom, oferecido pelo mistério do Verbo encarnado. «Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente. […] Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a vocação sublime»(GS 22). O mistério do ser humano revela-se através do mistério de Cristo, chamado a participar da sua filiação. Quando  cada pessoa se descobre que é amado pelo Pai, em Cristo e através do Espírito, revela-se a si mesmo, descobre a grandeza de ser objecto da benignidade divina, receptor do amor do Pai revelado em Cristo. O mistério trinitário é o único capaz de realizar o homem, é o “mistério iluminador” do sentido. A expressão desse mistério faz-se pela vivência da comunhão, que se experimenta na participação comunitária.
Jesus Cristo, através da sua vida e pregação, é o mediador do sentido, o único intérprete dos problemas humanos. Em Cristo, o ser humano pode compreender, realizar e superar-se continuamente.
É esta certeza, com sabor a Boa Nova, que torna cada vez mais compreensível o desejo de Deus de libertar cada pessoa das suas angústias, dos medos, da culpabilidade, da desvalorização. E ensina-nos a abrir de forma sempre nova o nosso coração ao homem ferido, na proximidade compassiva, na escuta, na valorização mais profunda de tudo o que é, no desejo de que se desenvolva e alcance a sua plenitude». Cada pessoa, que sente em si a debilidade, tem o direito de descobrir na sua vida o olhar originar de Jesus, a sentir-se reconhecido nela e a experimentar o seu sabor.

Uma Igreja que acolhe a todos – V

A comunidade eclesial, para o ser, realiza a sua ação ao estilo de Jesus, que com gestos e palavras intimamente unidos (Cf. DV 4), e com o seu testemunho explicita que

«Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: “Eis que faço de novo todas as coisas”. No entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho. A finalidade da evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em breves termos, o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da mensagem que proclama, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios» (EN 18).

À Boa Nova de Cristo, cada pessoa responde com o «obséquio pleno da inteligência e da vontade» (DV 5), o que leva à maturidade da fé. Aliás, a maturidade da fé só acontece quando as três faculdade – inteligência, afecto e vontade – estão harmonizada e convertidas em Cristo.
Mas aqueles que são afetados por alguma incapacidade também têm necessidade de encontrar na vivência da comunidade cristã um olhar de compreensão, bondade e alegria que lhes permita sentirem-se amados e acolhidos. Mais, que lhes permita suprir, pela caridade dos irmãos, aquilo que a saúde, ou falta dela, não lhe permite viver.
Frente aos valores do ativismo e da eficácia, as pessoas com deficiência mostram à Igreja, de uma forma ineludível, o valor da relação , a riqueza do coração, o valor da humildade e da debilidade. São profetas silenciosos. É fácil deixá-los de lado, considera-los inúteis e passar ao lado. Sem dúvida, o seu silêncio é um chamamento à vivência comunitária, um convite à comunhão.
Diante das curas realizadas por Jesus Cristo e de toda a Sua vida, a comunidade eclesial é convidada a promover uma saúde autêntica e a viver de forma saudável a doença e a deficiência. Jesus, na Encarnação, manifesta o valor e a dignidade de todo o ser humano. A sua beleza e a sua importância, dando-lhe um sentido, sempre novo, e uma esperança que nada nem ninguém poderá destruir.

Uma Igreja que acolhe a todos – IV

A ação pastoral visa levar Cristo, torna-l’O presente, na vida de cada ser humano (Cf. EN 14). E esta recepção acontece na liberdade e expressa-se por uma vida de discipulado, o que implica a totalidade do ser humano. E já desde os gregos que nós sabemos que o que distingue o ser humano dos outros elementos da natureza é este ser dotado de inteligência, afecto e vontade que, cada um ao seu modo, e desde que convertidos, permitem ao ser humano deixar-se guiar pela Graça de Deus e viver como cristão.
O problema surge quando, mercê de uma qualquer doença ou deficiência, alguma ou algumas destas dimensões estão afetadas, impedindo o normal desenvolvimento do ser humano. A grande tentação, também dentro da Igreja, é “esquecer” estes irmãos, não lhe pedindo nada, para também não ter que lhes dar, ou ainda, não ter que se lhes dar a si mesmo. E, para sossegar as consciências, procura-se que através de alguma ação benemérita lhes seja garantida a satisfação das necessidades mais básicas: alimentação, higiene e habitação.
Esta atitude, de si muito desumana, é também um grande prejuízo para a comunidade eclesial, pois vê-se privada da participação dos “prediletos do senhor”, aqueles com quem o Senhor melhor mostrou o Seu plano salvífico, o Reino de Deus.

«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19).

Uma Igreja que acolhe a todos – III

O contexto cultural, e até eclesial, em que nos movemos, afasta o débil, porque choca. Choca com os valores preponderantes do poder e da força, da eficácia e da eficiência, mas sobretudo com a vontade de uniformizar procedimentos pastorais, como se todos fossem iguais…
O acolhimento assume, assim, uma importância única na pastoral, eu diria mesmo que assume a categoria verificadora da autenticidade da ação pastoral: uma pastoral que não acolhe a todos não é “católica”, universal. Esta catolicidade advém, mais do que de qualquer técnica ou opção metodológica, da vida teologal. Quem acolhe expressa a sua relação com Deus e a relação Deste com cada ser humano. Ou dito de outra forma, mostra a sua vida espiritual e consequente compromisso apostólico.
Quando nos referimos aos frágeis estamos a referir-nos àqueles que, mercê da sua condição física, social ou psíquica precisam de uma relação especial e de uma atenção específica na ação pastoral, que mostre que a Encarnação de Cristo revela a cada ser humano o seu valor, dignidade, beleza e esperança, abrindo-lhe propostas de sentido, de santidade, através do anúncio da Boa Nova. Esta Boa Notícia que, «sobretudo nos ambientes de maior marginalização e difíceis, nos convida a não confundir o mais original e específico da santificação com a realização da perfeição psíquica ou moral. A santificação é um ato de Deus ao qual responde a liberdade humana. É um consentimento de ordem espiritual, é um mistério de Amor que salva gratuitamente a quem o acolhe em liberdade». Este é um acontecimento misterioso que ultrapassa todo e qualquer psiquismo, mas que deixa as suas marcas na vida daqueles que, segundo as suas capacidades e o seu modo de expressar, aceitaram, com Cristo, passar da morte à vida.