Aqui estão um sítio que permite umas quantas viagens!
Desfrutem…
Uma presença sobre Teologia Prática, Catequética, Educação, EaD e o que for surgindo…
A primeira figura que eu gostaria de destacar é Cauleb Philips. Escolho-o pela sua visão.
Foi capaz de, em 20 de Março 1728, publicitar uma metodologia para ensinar taquigrafia às pessoas interessadas, levando o conhecimento a sua casa.
Para isso, publicou o seguinte anúncio na Gazeta de Boston:
“Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston”.
Aqui vejo, em embrião, algumas características que considero importantes na EaD:
– Democratização, quando propõe a aprendizagem para todas as pessoas;
– Dispersão geográfica, porque assegura a mesma instrução à distância como presencialmente;
– Ritmo de aprendizagem, ao estabelecer uma periodicidade semanal;
– Aprendizagem permanente, ao possibilitar um modo de as pessoas poderem evoluir nos seus conhecimentos;
– Aproveitar os meios existentes para estar ao serviço da educação, C. Philips não criou uma rede de correios ou entregas nova, antes utilizou a existente.
Ao introduzir esta metodologia inovadora, Cauleb Philips está a abrir uma porta na educação que acabou por ter o desenvolvimento que é por demais evidente.
Ao vê-lo como um fundador do ensino à distância, pelo menos o primeiro documentado, não poderia deixar de o considerar uma figura a destacar.
A aquisição de competências adequadas é imprescindível para o desempenho profissional e social, pelo que a EaD é vista por mim como uma excelente modalidade para favorecer a educação.
Permite ultrapassar a barreira do espaço, pois permite a interacção entre o professor e o aluno/s através de diversos meios, desde a carta postal até às possibilidades da WEB 2.0.
Favorece o aproveitamento melhor do tempo, pois ao permitir ao aluno estudar ao seu ritmo faz com que o seu tempo seja mais rentável. Se assim não fosse, e só fosse possível o ensino presencial, por certo que a aprendizagem, em muitos casos, não teria oportunidade de acontecer, pelo que a EaD abre imensas oportunidades de evoluir.Por último, a EaD é vista por mim como hoje se pode educar/aprender, promovendo a educação permanente, recorrendo às inúmeras possibilidades da Web e à construção de «sociedades aprendentes», que têm nas novas tecnologias um excelente veículo de potenciação.
O nosso jejum cristão e os seus valores
O facto de sermos convidados a jejuar – sobretudo no tempo da Quaresma – não tem a intenção de ser um castigo, de uma auto mortificação disciplinar ou de desprezo pelo corpo.
a) Ao jejuar queremos significar expressivamente que os valores materiais não são absolutos. A sociedade de hoje ensina-nos continuamente a absolutizar os bens agradáveis para os sentidos, e a buscá-los insistentemente. Um programa de auto-afirmação e de suficiência.
O jejum quer ser uma voz profética introduzida na nossa vida, para nos recordar que tudo isso é bom, mas relativo. E que o único absoluto é Deus. E que os valores sobrenaturais não podem ser descuidados. Que temos de estar abertos a eles: a fim de que, libertando-se do fermento do pecado, se convertam a vós de todo o coração e vivam de tal modo as realidades temporais que procurem sempre os bens eternos (Prefácio da Quaresma II).
Renunciar ao “pão” humano recorda-nos existencialmente que o “Pão” verdadeiro é Cristo e a sua Palavra Salvadora. Que a fome e a sede que costumamos ter de tantas coisas sensíveis, devem ceder em importância à fome e sede que, como cristãos, deveríamos sentir pelas transcendentes.
Este é o texto que servio de apoio à minha apesentação
O que é a catequese
A catequese é uma acção ecclesial, é a Igreja no seu todo que faz a catequese, cumprindo a sua missão de ser continuadora da missão de Jesus Cristo: levar a Boa Nova a todos os povos. A Igreja, animada pelo Espírito Santo, conserva no seu coração, anuncia, celebra, vive e transmite o Evangelho através da catequese (Cf DV 8).
A comunidade eclesial é a origem porque o catequista não actua em nome próprio, mas em nome da comunidade cristã e, por isso, em nome de toda a Igreja(Cf EN 60). O catequista pode e deve dizer como São Paulo: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi” (1Cr 15,3). Este anúncio não pode prescindir da família, do ambiente em que o catequizando vive. Quando falamos em família – como principal transmissora da fé – referimo-nos à família cristã que “tem uma função primária, porque nela se pode realizar o anúncio da fé num clima de acolhimento e de amor, que, melhor do que qualquer outro, confirma a autenticidade da Palavra” (DGC 188). Contudo é preciso ter em conta que muitas famílias não são cristãs, no sentido de que são incapazes de transmitir a fé, por variadíssimas razões. Aqui, o catequizando há-de ser acolhido por uma comunidade cristã, onde encontre um clima fraterno e acolhedor, que lhe faça ver a alegria de ser cristão, capaz de lhe suscitar o desejo de seguir Jesus Cristo. O grupo de catequese, como grupo primário, é uma boa porta de entrada na família paroquial.
A comunidade é o âmbito ou lugar normal da catequese. É como o seio materno onde se gera o homem novo, por meio da Palavra e dos Sacramentos de Iniciação cristã. O testemunho da comunidade é fundamental: a catequese transmite com mais facilidade aquelas realidades e vivências que realmente existem na comunidade.
A meta da catequese é também a comunidade, pois é esta que acolhe os que são iniciados na fé. A catequese correria o risco de se esterilizar se não houvesse uma comunidade viva que acolhesse cada catequizando. Por isso, a comunidade é duplamente responsável: tem a responsabilidade de catequizar cada um dos seus membros; e também de os acolher, de modo a que possam viver o mais plenamente unidos Àquele a quem aderiram (Cf CT 24). Por último, é a catequese que renova a comunidade, pois através da Iniciação cristã a Igreja gera filhos no Filho e conduz à maturidade da fé tanto das comunidades como de cada fiel (Cf DGC 21).
Depois do acima dito torna-se claro que a catequese, se quer cumprir os seus objectivos, tem de introduzir o catequizando na vida da comunidade, fazendo dela a sua comunidade de referência.
Finalidade da catequese
O objectivo da catequese é levar cada catequizando não só a um contacto, mas a uma comunhão e intimidade com Jesus Cristo(Cf CT 5). Pela sua própria natureza, “a comunhão com Jesus Cristo impulsiona o discípulo a unir-se a tudo aquilo a que o mesmo Jesus Cristo se sentiu profundamente unido: a Deus seu Pai, que o enviara ao mundo; ao Espírito Santo, que lhe dava força para a missão; à Igreja, Seu corpo, pela qual Se entregou; e a toda a humanidade, Seus irmãos e irmãs, de cuja sorte quis partilhar” (DGC 81).
A comunidade, família de famílias, tem um lugar de destaque, pois são precisas comunidades que mostrem a fé em que acreditam e acolham aqueles que querem aderir a Cristo. A vida litúrgica e de comunhão, o testemunho alegre e o acolhimento caloroso, são expressões de comunidades missionárias que convocam à fé e geram espaços de acolhimento para aqueles que querem aderir ao Reino de Deus.
Tarefas da Catequese
Para que a pessoa se realize precisa de encontrar um horizonte de sentido. Trata-se de descobrir a dimensão mais profunda da pessoa, aí onde se descobre como que uma abertura ao infinito. Dizer que a pessoa sai de si, é dizer que a pessoa é um ser de relações: ser que se questiona; que reflecte; e que procura a sua origem e o seu fim, para se realizar como pessoa. Nós, crentes, sabemos que só em Cristo se pode encontrar a realização plena.
Para conseguir este objectivo, a catequese deve seguir o modo como Jesus formava os seus discípulos, realizando estas tarefas fundamentais: conhecer as dimensões do Reino, ensinar a orar, transmitir atitudes evangélicas e iniciar à missão (Cf DGC 82-87).
A catequese é responsável por educar nas diversas dimensões da fé: a fé professada; a fé celebrada; a fé vivida; e a fé rezada, tudo inserido numa comunidade e com sentido missionário. Neste processo de educação da fé há intervenientes que têm um lugar de destaque. São eles a família e a comunidade cristã.
O conhecimento da fé: a catequese deve conduzir à apreensão de toda a verdade do desígnio salvífico de Cristo. A compreensão da Sagrada Escritura, do Credo e demais documentos da fé da Igreja expressa e realiza esta tarefa.
A educação litúrgica: a comunhão com Jesus Cristo leva à celebração da Sua presença nos sacramentos, pelo que a catequese “além de favorecer o conhecimentos do significado da liturgia e dos sacramentos, deve educar os discípulos de Jesus Cristo ‘para a oração, para a gratidão, para a penitência, para as preces confiantes, para o sentido comunitário, para a percepção justa do significado dos símbolos…’, uma vez que tudo é necessário, para que exista uma verdadeira vida litúrgica”(DGC 85).
A formação moral: A conversão a Jesus Cristo tem como consequência que o discípulo siga o caminho do Mestre. A catequese deve favorecer uma educação que propicie ao catequizando atitudes próprias do cristão, que lhe transmita a vida em Cristo, concretizada em atitudes e opções morais.
Ensinar a rezar: A comunhão com Jesus Cristo leva a que os seus discípulos assumam o carácter orante e contemplativo do Mestre, conseguindo, deste modo, que a vida cristã seja vivida em profundidade. Aprender de Jesus a sua atitude orante “é rezar com os mesmos sentimentos com os quais Ele se dirigia ao Pai: a adoração, o louvor, o agradecimento, a confiança filial, a súplica e a contemplação da Sua glória”(DGC 85).
Educar para a vida comunitária: A educação para a vida comunitária implica que o catequizando tenha condições para se ir envolvendo de uma forma progressiva na vida da comunidade, assumindo responsabilidades e comprometendo-se com esta. Para isso, a catequese deve fomentar atitudes próprias (Cf DGC 86).
A iniciação para a missão: Só se adquire a maturidade da fé quando se tem capacidade e necessidade de testemunhar essa mesma fé, nas diversas circunstâncias da vida. A catequese, ao educar para o sentido missionário, capacita os discípulos para a sua missão na sociedade, na vida profissional, cultural e social.
Primeira fase
O objectivo da catequese é a iniciação à vida cristã, aprendida, celebrada e praticada, sempre com referência a uma comunidade de fé, que celebra a presença e acção de Deus nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, vértice e fonte da vida cristã. Assim, a catequese insere-se num processo global de Iniciação Cristã;
Considera-se que o cristão está plenamente iniciado na vida eclesial (maturidade da vida cristã e conhecimento doutrinal), quando receber os três Sacramentos da Iniciação Cristã (Baptismo, Eucaristia e Confirmação).
A catequese da infância apresenta condições muito favoráveis à introdução das pessoas na fé cristã e na vida da Igreja. As crianças que começam a frequentar a catequese paroquial participam, muitas pela primeira vez, na vida e na acção da Igreja.
O 1º, o 2º e o 3º ano do itinerário catequético visam o despertar religioso, a iniciação à fé cristã da criança, o iniciar da sua adesão a Jesus Cristo, a sua inserção e acolhimento na comunidade e a celebração de alguns sacramentos: o Baptismo (para quem ainda não tem) e Reconciliação e a Eucaristia, para os já Baptizados.
Objectivos da primeira fase:
– Aderir a Cristo pelo conhecimento e a vivência do Mistério Cristão.
– Inserir-se gradualmente na vida litúrgica da Igreja: oração, descoberta do Baptismo, preparação para a celebração da Eucaristia e da Reconciliação
– Desenvolver atitudes de fé como resposta ao amor de Deus
– Aprender a ser cristão ou discípulo de Jesus e integração progressiva na comunidade cristã.
A primeira fase constitui a etapa da “Iniciação ao itinerário catequético”. É um tempo de acolhimento, por parte da comunidade cristã e especialmente do catequista, e de apresentação global e simples do mistério cristão em ordem à inserção na vida da Igreja.
● No primeiro ano as crianças vão descobrindo na amizade do catequista e no carinho da comunidade cristã, os sinais mais visíveis de que Jesus também gosta muito delas. Vão tomando consciência de que pertencem a uma família maior do que a sua: a Família de Deus.
Com o primeiro Catecismo – “Jesus Gosta de mim”- inicia-se a criança na experiência de se saber e sentir amada por Jesus. Espera-se que a esta descoberta a criança responda, como que naturalmente, com simpatia, alegria e gratidão. Aqui, já será capaz de viver com Jesus uma amizade feliz.
No centro da catequese do 1º Ano está Jesus, como Amigo, Jesus com a Sua Mãe, que também é nossa Mãe, Jesus que nos faz confidência das palavras de Deus e nos ensina a rezar ou a conversar com Ele, tratando-O filialmente como Pai. As crianças irão conhecer amigos de Jesus, os seus discípulos. Será revelado às crianças o rosto de Jesus tão Amigo. Irão ter consciência que ao serem baptizados, são introduzidos na família de Deus.
1º Ano: “Jesus gosta de mim” (objectivos)
– Fazer a experiência de um bom acolhimento eclesial, proporcionado pelos catequistas e por toda a comunidade cristã.
-Ajudá-las a conhecer, de modo vivencial e de acordo com as suas capacidades, alguns dos principais mistérios da fé cristã: Deus, Criador e Amigo que cuida de nós: Jesus, na sua relação única com o Pai e o Espírito Santo; a Igreja, família de Deus.
-Motivá-las para a adesão a Jesus e a celebração da fé na comunidade cristã, levando-as a participar na sua vida litúrgica e experiência de oração.
-Ajudá-las a assumir atitudes de louvor, de gratidão e de amor a Deus e aos irmãos.
● Durante o primeiro ano as crianças foram sendo iniciadas na vida dos cristãos, isto é, dos membros da “família de Deus”, da comunidade eclesial. Durante o segundo ano irão alargar e aprofundar o conhecimento de Jesus e a relação com Ele. À certeza da presença amiga de Jesus seguir-se-á, como que naturalmente e por consequência, a proposta pessoal: estar com Jesus.
O centro da catequese deste ano é, de novo, Jesus. Na Sua vida e nas suas obras, é Jesus que se manifesta como verdadeiro homem e verdadeiro Deus, isto é, como o Filho de Deus feito homem e, por isso, o Emanuel ou “Deus connosco”.
As crianças serão levadas a redescobrir e a celebrar, em comunidade, que Jesus Cristo, está vivo e vive connosco, o Espírito Santo, na acção de fazer de nós Filhos de Deus, irmãos em Cristo, e membros da Igreja, principalmente pelo Baptismo.
2º Ano: “Ensina-nos a rezar” (objectivos)
– Proporcionar às crianças, um maior conhecimento de Jesus, como Filho de Deus, em ordem a um encontro mais pessoal e íntimo com Ele.
– Levá-las a descobrir que o Pai de Jesus é também nosso Pai e que, por isso, em união com Jesus somos todos irmãos.
– Aprofundar a sua adesão a Jesus e a sua experiência de fé na comunidade cristã a que pertence, continuando a integrá-las na vida litúrgica e de oração.
– Ajudá-las a assumir atitudes de escuta, obediência, respeito, verdade e amor a Deus e aos irmãos.
● No terceiro ano, a primeira apresentação de Jesus vai ser alargada, através da escuta mais frequente e abundante da Palavra de Deus, na Sagrada Escritura do Antigo e do Novo Testamento. Irá ser aprofundada a resposta a Ele, dada através do desenvolvimento do gosto e da alegria em O seguir, em estar com Ele, isto é, em ser discípulo de Jesus e viver a Sua Vida, participando activamente, segundo a sua capacidade, na vida da Igreja.
As crianças atingirão três objectivos essenciais: ser discípulo de Jesus na Igreja, celebrar a presença salvadora de Jesus nos sacramentos e comprometer-se a dar testemunho de Cristo e a construir o Reino de Deus, tornando o mundo melhor segundo o Seu projecto de salvação de todos. Terão consciência que ser discípulo de Jesus é seguir Jesus na Igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus, os baptizados. Ser discípulo de Jesus é reconhcê-lO na vida e nas acções da Igreja e celebrar a sua presença no meio de nós, através da participação activa, consciente e frutuosa dos Sacramentos da Sua graça. As crianças irão redescobrir o sentido e a força dos sacramentos da Iniciação Cristã, isto é, do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia; irão também continuar a aprofundar os sacramentos da «vida quotidiana», ou sejam, o da Eucaristia, como Comunhão, e o da Penitência ou do Perdão; e, a pouco e pouco, tomarão o primeiro contacto com os restantes sacramentos.
3º Ano: “Queremos seguir-Te” (objectivos)
– Experimentar e descobrir que o seguimento de Jesus implica ser Cristão em Igreja.
– Aprofundar o mistério cristão já iniciado na fase anterior.
– Descobrir e viver os sacramentos como sinais da presença do Ressuscitado no meio de nós.
A aplicação está aqui.
Neste Ano Paulino, colo aqui um texto que veio na Ecclesia, mas que é de uma profundidade e densidade digna de registo. Para mais, é da autoria de um evangelizador exímio: D. António Couto!
Assim:
1. Aprendemos de Paulo a sermos primeiramente “de Cristo”, “agarrados por Ele” ensinados por Ele, tendidos para a frente e estendidos para Ele, como recebedores da sua graça, como se em tudo o que somos e fazermos, vivêssemos permanentemente «agrafados a Ele», até nos tornarmos seus imitadores.
2. Aprendemos de Paulo a sermos homens de uma só coisa, a tempo inteiro, concentrados e orientados completamente para Cristo, “como uma seta directa a uma meta, a um alvo, a um objectivo tão intenso e claro, que na vida de cada um só poder haver um”. Hão-de ser as coisas de Deus e as coisas da comunidade a merecer o nosso zelo pastoral.
3. Aprendemos de Paulo, que somos o que somos, pela graça de Deus e que o nosso apostolado decorre dessa graça, que é, para nós, como para o Apóstolo, a verdadeira nascente da vida quotidiana. Há-de dizer-se de nós, como de Paulo, que “a sua vida privada era a apostólica”. Somos chamados a levar, por diante, uma evangelização vivida e afectiva, personalizada e a tempo inteiro e até ao fim.
4. Aprendemos de Paulo que a evangelização deve começar, não tanto por apresentar ideias, mas por proporcionar encontros, de modo a facilitar “o encontro” das pessoas com Cristo, como base da identidade e da missão de cada cristão, num mundo paganizado, insensibilizado, de braços caídos, ao qual é preciso levar o lume de Cristo!
5. Aprendemos de Paulo a correr mais por dentro, e não “a correr por fora”, “a correr agarrados, numa mão a Cristo e noutra apertando a de um irmão e outro irmão, como uma verdadeira multidão em comunhão”. Cristo há-de ser aquele que a todos une, que a todos nos hifeniza, isto é, que a todos nos liga, em rede de comunhão. Importa despertar e formar a consciência de todos os membros da Igreja, para que se sintam verdadeiramente “comunidade dos chamados”, grupo dos escolhidos por Deus e que respondem ao seu chamamento.
6. Aprendemos de Paulo que ninguém evangeliza sozinho, decorrendo daí a absoluta necessidade de chamar, apoiar e formar muitos e bons cooperadores, com uma metodologia de evangelização, assente numa relação personalizada, íntima e calorosa, coração a coração. O título de cooperadores mostra que no trabalho de evangelização não há trabalhadores solitários, por conta própria.
7. Aprendemos de Paulo a dar testemunho de Cristo, com uma dedicação maternal e paternal, a cada um e a tempo inteiro, “gerando” filhos, dando-os à luz na dor, acalentando-os, exortando-os um a um, portanto, com tempo e total dedicação, persistência, paciência e zelo.
8. Aprendemos de Paulo, que as nossas relações pessoais e pastorais hão-de ser sempre quadrilaterais: cada um evangeliza sempre com os outros, está ao serviço de uma comunidade, como servidor da sua alegria, e todos estão unidos pelo mesmo amor de Cristo, que ama e chama cada um. “Cooperadores precisam-se, para formar uma rede de evangelizadores. Já ouvistes chamar pelo teu nome”?!
9. Aprendemos de Paulo que a missão é «obra da graça» e «trabalho de amor» e que este trabalho, não se faz sem luta! Trabalhamos e lutamos, ou trabalhamos lutando, esperando também do Povo de Deus, que “lute connosco, nas orações”!
10. Aprendemos de Paulo a valorizar a «casa» e a família, como lugar e protagonista da evangelização, aprendendo, daí, a construir também a «casa da Igreja», como novo espaço relacional, verdadeira família de Deus. Em conclusão, sabemos que o nosso serviço de evangelização já não pode consistir simplesmente em evangelizar o outro, até um certo ponto (até ser crismado, por exemplo) mas em evangelizá-lo, até que ele, enamorado de Cristo, sinta a necessidade de se constituir em evangelizador.
Depois de um amigo ter partilhado comigo este filme, não posso deixar de o mostrar, deixando ecoar em mim os textos do Génesis quando nos falam da Criação e do consequente compromisso ecológico de cada cristão.
Home é um filme da autoria do realizador francês Yann Arthus-Bertrand, é constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar modos e hábitos de vida a fim de evitar uma catástrofe ecológica planetária.
O filme na íntegra (1:58’18’’), dobrado em português e com qualidade HD pode ser visto aqui.