Texto do El País
Cardeal Martini pede reforma da Igreja
Texto do El País
Uma presença sobre Teologia Prática, Catequética, Educação, EaD e o que for surgindo…
Quando me fizeram esta pergunta – e já ma fizeram muitas vezes –, justificaram-no com o facto de haver catequistas que não celebram os sacramentos, dos quais o exemplo mais gritante é a ausência da celebração dominical.
Mas antes de iniciar a reflexão gostava de deixar duas questões:
– Os catequistas deixaram de celebrar depois de iniciarem a sua missão ou já não celebravam antes? Se não celebravam, porque foram convocados para catequistas?
– O que é que o responsável ou responsáveis pela catequese da comunidade concreta têm feito, em termo de acompanhamentos, destes catequistas? Como se pode pedir a um catequista que seja acompanhante dos catequizandos, quando ele não se sente acompanhado?
Bem, depois disto, já podemos reflectir, dizendo que a catequese e a celebração da fé não podem viver uma sem a outra dentro da Igreja. Em boa verdade, uma catequese que se dissocie da experiência cristã vivida em comunidade, é uma catequese alienada, exterior à realidade dessa comunidade e cujos conteúdos não são mais do que simples informações religiosas. Ainda que a acção catequética seja fundamental, esta deve também ser vivida e celebrada nas acções litúrgicas, momento onde todos os cristãos celebram o Mistério Pascal.
Aliás, é aqui, na realidade do Mistério que radica a solução desta dificuldade. Não podemos continuar a dissociar as diversas dimensões da pastoral. Muitas vezes, após o século XVI e fruto das mutações culturais operadas na Europa, procurou-se afirmar a fé com expressões isentas de erro, formalmente correctas. Esta realidade, a ortodoxia da afirmação, levou a que se separassem as diversas disciplinas teológicas. Veja-se todo o ambiente pré-concílio Vaticano II: movimento bíblico, movimento catequético, movimento litúrgico…
A solução está na redescoberta daquilo que é o Mistério Cristão, aquela realidade onde o crente habita e da qual faz parte pela
A Liturgia é, na verdade, a fonte e o cume de toda a vida cristã (cf. LG 11), onde os catequizandos experimentam e vivenciam em comunidade o que ouvem na catequese e descobrem sinais visíveis da experiência de Deus: “A catequese está intrinsecamente ligada a toda acção litúrgica e sacramental. Pois é nos sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transformação dos homens”. (CCE 1074).
Por sua vez, a Igreja, que transmite a fé como dom do Senhor, que está presente na Sua Igreja, especialmente nas acções litúrgicas (cf. SC 7), acredita ser importante que os cristãos participem activa, mas também conscientemente, na liturgia, onde celebram a presença salvífica de Cristo. Destarte, à catequese, como caminho de fé e inserção na vida eclesial, compete iniciar o catequizando na liturgia, favorecendo o conhecimento dos significados litúrgicos e sacramentais, de forma a que a celebração dos ritos cristãos sejam, de facto, expressão dum caminho de fé que garanta a verdade e a autenticidade. Não se trata apenas de uma instrução sobre um determinado objecto religioso, mas uma iniciação viva e orante que deve levar à interiorização do culto litúrgico: “…a vida sacramental empobrece e bem depressa e se torna um ritualismo oco, se ela não estiver fundada num conhecimento sério do que significam os sacramentos. E a catequese intelectualiza-se, se não for haurir vida numa prática sacramental” (CT 23). Em boa verdade, sendo a catequese uma aprendizagem dinâmica da fé, da vida cristã, e da celebração da eucaristia, esta não pode prescindir de momentos celebrativos e festivos fortes, porque sem expressão de fé não há comunicação nem amadurecimento da fé.
Deste modo, a catequese deve conduzir o catequizando a uma experiência viva da presença e acção de Cristo na vida da Igreja, de modo a poder levar a um seguimento firme do Senhor e um compromisso missionário. Quando as pessoas são evangelizadas a partir da sua própria vivência cristã e, a partir daí, se sentem chamados a se identificarem a Cristo, a liturgia e os sacramentos assumem nas suas vidas um novo valor e um sentido diferente.
From: guest6e2200, 5 months ago
Apresentação PPT sobre Métodos pedagógicos.
Grupo dos 5
Desscobri, há dias, um blogue excepcional, onde estão testos maravilhosos de António Couto.
Os Evangelhos sabem que a história de Jesus que transmitem é a história da manifestação de Deus entre nós. E que não é apenas a história de um homem sábio e justo que nos vem ensinar, ainda que de modo exemplar, como devemos estar diante de Deus. Isso já nós sabíamos e estamos já aptos a saber antes de ouvir ou de ler qualquer Evangelho. Não seria notícia, portanto. Notícia, e boa, é que Jesus tenha vindo mostrar-nos, não como nós devemos estar diante de Deus, mas como é que Deus está diante de nós, em relação a nós. Não como nós nos devemos comportar com Deus, mas antes disso, sempre antes disso, como é que Deus se comporta connosco. É este o espaço da inaudita notícia e da surpresa.
E para nos mostrar Deus, Jesus desce ao nosso nível. Não subjuga o homem comensinamentos altissonantes e evidências esmagadoras capazes de produzir efeitos automáticos independentemente do homem, mas antes solicita e estimula a nossa inteligência, vontade e sensibilidade, de modo a sabermos dar a nossa resposta acolhedora, fazendo as operações mentais e afectivas necessárias para nos implicarmos correctamente na notícia comunicada, na associação apenas evocada, na pergunta formulada, no olhar e dizer que nos penetra e diz e institui, no gesto que nos surpreende e provoca.
Mas lá há MUITOS e bons, agrupados em três categorias: Diário, Estudos e Missão.
Vale a pena conhecer. E se este Autor, agora Bispo Auxiliar de Braga, mudar de local onde coloca estas preciosidades. Cá estarei para informar…